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Na carne as transformações do nada

Publicado em Poemas
Cataguazes, 1979


Distraiu-se o nada:
esqueceu que não tinha rumo,
tropeçou no tempo
e caiu dentro da carne.

Transformou-se o nada de repente
num rebento fecundo
a se arrebentar mais tarde
em sementes diversas.

Transformou-se o nada
num segundo
em grãos de intermináveis promessas
em mãos traçando infinitos resumos.


Obs.: este poema foi publicado na revista Rubedo

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