Niterói, 1983
Que rio é voce, inteira e alegre
a desaguar em mim como se eu fosse o oceano?
Sou apenas outro rio, assim também insano.
Que chuva é voce, solta no ar de repente
a desabar sobre mim como se eu fosse um chão?
Sou apenas outra chuva, assim também em extinção.
Que lua é você, estranha e serena
a iluminar-me assim como se eu fosse paisagem?
Sou apenas outra alma, assim também em viagem.
Que artista é voce, vidente e cega
a trabalhar-me assim como se eu fosse um sonho?
Sou apenas um poeta e assim também lhe suponho.
Que mulher é voce, insinuante e sinuosa
qual serpente embaixo de mim, como se eu fosse uma pedra?
Sou apenas um homem, e qualquer dia desses se quebra.
a desaguar em mim como se eu fosse o oceano?
Sou apenas outro rio, assim também insano.
Que chuva é voce, solta no ar de repente
a desabar sobre mim como se eu fosse um chão?
Sou apenas outra chuva, assim também em extinção.
Que lua é você, estranha e serena
a iluminar-me assim como se eu fosse paisagem?
Sou apenas outra alma, assim também em viagem.
Que artista é voce, vidente e cega
a trabalhar-me assim como se eu fosse um sonho?
Sou apenas um poeta e assim também lhe suponho.
Que mulher é voce, insinuante e sinuosa
qual serpente embaixo de mim, como se eu fosse uma pedra?
Sou apenas um homem, e qualquer dia desses se quebra.
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